Depoimento do mineiro atropelado

Seu Zé, mineirinho, pensou bem e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro ao tribunal.

No tribunal, o advogado do réu começou a inquirir seu Zé:

-O Senhor não disse na hora do acidente “Estou ótimo”?

E seu Zé responde:

-Bem, vou lhe contar o que aconteceu. Eu tinha acabado de colocar minha mula favorita na caminhonete.

-Eu não pedi detalhes! -interrompeu o advogado. Só responda à pergunta “O Senhor não disse na cena do acidente: ‘Estou ótimo'”?

-Bem, eu coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia…

O advogado interrompe novamente e diz:

-Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, e isso é uma fraude. Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda à pergunta.
Mas, a essa altura, o Juiz estava muito interessado na resposta de seu Zé e disse ao advogado:

-Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.

Seu Zé agradeceu ao Juiz e prosseguiu:

-Como eu estava dizendo, coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia quando uma pick-up atravessou o sinal vermelho e bateu na minha caminhonete bem na lateral. Eu fui lançado fora do carro para um lado da rodovia e a mula foi lançada pro outro lado. Eu estava muito ferido e não podia me mover. De qualquer forma, eu podia ouvir a mula zurrando e grunhindo e, pelo barulho, eu pude perceber que o estado dela era muito ruim. Logo após o acidente, o patrulheiro rodoviário chegou ao local. Ele ouviu a mula gritando e zurrando e foi até onde ela estava. Depois de dar uma olhada nela, ele pegou a arma e atirou 3 vezes bem entre os olhos do animal. Então, o policial atravessou a estrada com a arma na mão, olhou para mim e disse: “Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela. Como o senhor está se sentindo?”. O que o Sr. falaria, meritíssimo?


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Mineirim no médico

Seu Antônio, aproveitando a viagem “pra Belrzonte”, foi no médico fazer um “checápi”.

Diz-lhe o médico:

-Sr. Antônio, o senhor está em muito boa forma para 40 anos – diz o médico.

-E eu disse ter 40 anos?

-Quantos anos o senhor tem?! -indaga o médico.

-Fiz 57 em maio que passou.

-Puxa! E quantos anos tinha seu pai quando morreu?

-E eu disse que meu pai morreu?

-Oh, desculpe! Quantos anos tem seu pai?

-O véio manteiga tem 81!

-81? Que bom! E quantos anos tinha seu avô quando morreu?

-E eu disse que ele morreu?

-Sinto muito. E quantos anos ele tem?

-103, e anda de bicicleta até hoje!

-Fico feliz em saber. E seu bisavô? Morreu de quê?

-E eu disse que ele tinha morrido? Ele está com 124 e vai casar na semana que vem!

-Agora já é demais! -diz o médico revoltado.

Por que um homem de 124 anos iria querer casar?

-E eu disse que ele QUERIA se casar? Queria nada, ele engravidou a moça!


Canal Telegram – Sorria

É o fim

O mineiro está cansado de ouvir rumores que sua esposa o trai.

Um dia sai de casa para o trabalho no horário de sempre. Após a esposa dar adeus e fechar a porta, ele rapidamente sobe até o alto de uma mangueira frondosa em frente à sua casa e resolve passar o dia ali observando o entra e sai.

Pouco depois aparece um cidadão, mulato forte, fica em pé justamente embaixo da mangueira como se esperasse alguém. Pega uma manga no chão, chupa-a. Outra, outra e assim vai…

E o mineiro lá no alto só observando…

Nisso abre a porta de sua casa e sua esposa grita:

– Vem, meu amor, ele já foi embora!

Nisso o moreno joga a ultima manga no chão e corre pra dentro da casa do mineiro. O mineiro desce da mangueira, furioso:

– Hoje pego os dois no flagra! Vou matá-los!

Vai no armário de ferramentas, pega um facão, entra na casa e se depara com o mulato com a boca nos seios de sua esposa a se deliciar.

Grita o mineiro com a faca na mão:

– NEGÃO, OCÊ VAI MORRÊ!

Nisso o Ricardão tira da sua capanga , um trezoitão e aponta para o mineiro:

– Morrer por quê?

E o mineiro:

– Você estava chupando manga e agora tá tomando leite, uai.

Mineirinho no Rio

Um mineirinho estava no Rio de Janeiro andando na praia, pés descalços, sem camisa, aquele calção leve e sem cueca.

Os cariocas ao redor dele davam risadinhas e contavam piadas de mineiro. Então o mineirim olhou para o mar e não se aguentou, correu a toda velocidade e deu um mergulho. Quando saiu, o calção de tecido fino, estava transparente e grudado na pele.

Todos na praia estavam olhando pro tamanho da manguaça que o mineirim tinha. O bicho ia até pertinho do joelho. Os cariocas nunca tinham visto coisa igual. As mulheres com um sorriso, os homens roxos de inveja. Todos só tinham olhos pro bichinho. O mineirim então percebeu a situação, ficou todo envergonhado e gritou:

– Qui qui foi, uai? Vão dizê qui quando oceis pula nágua fria, o pintim doceis num incóie?

Depoimento do mineiro atropelado

DEPOIMENTO DO MINEIRO ATROPELADO

Seu Zé, mineirinho, pensou melhor e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito há semanas atrás eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro ao tribunal.

No tribunal, o advogado do réu começou a inquirir seu Zé:

– O Senhor não disse na hora do acidente ‘Estou muito bem’?

E seu Zé responde:

– Bem, vou lhe contá o que aconteceu. Eu tinha acabado di colocá minha mula favorita na caminhonete…

– Eu não pedi detalhes! – interrompeu o advogado. Só responda à pergunta:

– O Senhor não disse na cena do acidente: ‘Estou muito bem’?

– Bem, eu coloquei a mula na caminhonete e tava deceno a rodovia…

O advogado interrompe novamente e diz:

– Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, e isso é uma fraude. Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda à pergunta?

Mas, a essa altura, o Juiz estava muito interessado na resposta de seu Zé e disse ao advogado:

– Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.

Seu Zé agradeceu ao Juiz e prosseguiu:

– Como eu tava dizeno, coloquei a mula na caminhonete e tava desceno a rodovia quando uma picapi atravesso o sinar vermeio e bateu na minha caminhonete bem na laterar. Eu fui jogado fora do carro prum lado da rodovia e a mula foi jogada protro lado. Eu tava muito firido e num podia mi move. De quarqué forma, eu pudia orvi a mula zurrano e grunhino e, pelo baruio, eu pude percebe que o estado dela era muito ruim. Logo dipois do acidente, o patruiero rodoviário chego no locar. Ele orviu a mula gritano e zurrano e foi até onde ela tava. Depois de da uma oiada nela, ele pego a arma e atiro bem nos óio do animar. Então, o policiar atravesso a estrada com sua arma na mão, oio pra mim e disse:

– ‘Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela. Como o senhor está se sentindo?’

– O que o Sr. falaria, meritísso?

Pequeno Dicionarim do Minerin

PEQUENO DICIONARIM DO MINERIN

ARREDA v.i. 1. Verbo na forma imperativa, semelhante a sair, deslocar-se: Arreda pra lá, sô!
BELZONT s.p. 1. Capital de Minas Gerais.
BERABA e BERLANDIA s.p. 1. Cidades famosas do Triângulo Mineiro.
COFÓFÔ EU VÔ p.q.p. 1. Conforme for, eu vou.
DEUSDE prep. 1. Desde: Eu sou magrilim deusde que eu era muleque!
ÉMEZZZ? adj. 1. Minerin querendo confirmação.
ESPIA s.p. 1. Nome da popular revista VEJA quando chega na distante e pequena cidade do minerin.
ESTAÇÃ s.m. 1. Onde desembarcam os minerin com suas malas cheias de queijo.
I conj. 1. E: Minino, ispecial, eu i ela, vistido.
IMMM v.t.i. 1. Forma diminutiva: Piquininimm, lugarzimm, bolimm, vistidimm, sapatimm etc….
INTORNÁ g.g. 1. Quando não cabe na vasilha. 2. Derramar.
JIGIFORA p.d.s. 1. Cidade mineira próxima ao Estado do Rio de Janeiro, o que confunde a cabeça do minerin que não sabe se é minerin ou carioca.
KINEM k.b.lo 1. Advérbio de comparação – igual: Ela saiu bunita kinem a mãe.
MA QUI BELEEEZZZ p.d.t. 1. Expressão que exprime aprovação; quando gostou de alguma coisa.
MAGRILIM p.d.v. 1. Indivíduo muito magro.
MINERIN p.lé 1. Típico habitante das Minas Gerais.
NIGUCIM p.ludo 1. Qualquer coisa que o minerin acha pequeno.
NNN p.o.p. 1. Gerúndio do minerês: Brincannno, corrennno, innno, vinnno.
NUÉMERMO? z.bra. 1. Minerim procurando concordância com suas idéias.
NUM… NÃO ã.h. 1. Advérbios de negação usados na mesma frase: Num vô não. Num quero não. Num gosto não.
OIÓ TÓ x.x. 1. Olha aí, ó, toma…
ÓIQUI a.b.c. 1. Minerin tentando chamar a atenção para alguma coisa.
PÃO DJI QUEJ k.h. 1. Alimento fundamental na mesa mineira, disputa com o TUTU a preferência dos minerin.
PÓPÔPÓ? h.xá 1. A mineira perguntando ao marido se pode por o pó (ao fazer café).
PÓPÔPOQUIN o.d.d. 1. Resposta afirmativa do marido.
TREM s.b.p. 1. Palavra que nada tem a ver com transporte e que quer dizer qualquer coisa que o minerin quiser: Já lavô us trem? Eu comi uns trem. Vamo lá tomar uns trem?
TRIANGO MINER-RO m.p.b. 1. Triângulo Mineiro.
TUTU t.u.m. 1. Mistura de farinha de mandioca com feijão triturado e uns temperim lá da horta.
TXII v.i.g.i. 1. O irmão do pai ou da mãe: Mulher do txii é a txxiiiiaa.
UAI u.a.i. 1. O correspondente ao UÉ dos paulista: Uai é uai, uai!
VARGE e.l.a. 1. Aquele legume verde rico em fibras.

Mineiro esperto

O mineirinho entra num boteco e vê anunciado acima do balcão:

Pão de queijo:
R$ 2,00

Sanduíche de Galinha:
R$ 3,00

Punheta:
R$10,00

Checando na carteira para não passar vergonha, ele vai até o balcão e chama uma das três garotas, que estão servindo bebidas nas mesas:

– Por favor.

– Sim? – pergunta ela com um sorriso lindo – Em que posso ajudar?

E ele pergunta:

– É ocê que toca as “punheta”?

– Sou – responde ela com uma voz bem sensual.

O mineirinho então retruca:

– Então, ocê lava bem as mão, que eu quero um pão de queijo!

Mineirim no leito de morte

Mineirim no leito de morte decidiu ter uma conversa definitiva com a sua companheira de toda a vida sobre a fidelidade da mesma:

– Muié, pode falá sem medo… já vô morrê mess e prifiro sabê tudim direitim… Ocê arguma veiz traiu eu?

– Ô Zé, num fala dessas coisa que eu tenho vergonha…

– Pode falá muié…

– Quero não…

– Fala muié, disimbucha…

– Mió dexá pra lá, Zé…

– Vai, conta…

– Queto Zé, morre em paz…

Depois de muita insistência ela resolveu abrir o jogo:

– Tá bão Zé, vou contá, mais num i responsabilizo…

– Pode contá.

– Ói Zé, traí sim, mas foi só trêis veiz.

– Intão conta sô! Trêis veiz nessa vida toda até qui num foi muito!

– A primera foi quando cê foi demitido daqueli imprego qui ce brigou cum chefe.

– Ué, mas eu fui adimitido dinovo logo dispôis sô.

– Pois é Zé… eu fui lá cunversá cum ele, acabei dano pra ele e ele ti contratô di vorta.

– Ah, muié, cê foi muito boa cumigo… essa traição num dá nem pra leva a mar, foi pela necessidade da nossa famía… tá perdoada. E a segunda?

– Lembra quando cê foi preso pru modi daquele furdunço que cê prontô na venda?

– Lembro muié, mas num fiquei nem meio dia na cadeia.

– Pois é Zé… eu fui lá cunversá cum delegado e acabei dano pra ele ti sortá

– Ê muié, isso nem conta também não, a carsa foi justa…imagina ficá preso lá um tempão. Ocê nem me traiu, foi pela nossa famía e pela minha liberdade, uai. E a úrtima?

– Lembra quando cê si candidatô pra vereadô?

– Lembro muié… quase me elegeru.

– Pois é… eu qui consegui aqueles 1.752 voto…