Mineirinho no Rio

Um mineirinho estava no Rio de Janeiro andando na praia, pés descalços, sem camisa, aquele calção leve e sem cueca.

Os cariocas ao redor dele davam risadinhas e contavam piadas de mineiro. Então o mineirim olhou para o mar e não se aguentou, correu a toda velocidade e deu um mergulho. Quando saiu, o calção de tecido fino, estava transparente e grudado na pele.

Todos na praia estavam olhando pro tamanho da manguaça que o mineirim tinha. O bicho ia até pertinho do joelho. Os cariocas nunca tinham visto coisa igual. As mulheres com um sorriso, os homens roxos de inveja. Todos só tinham olhos pro bichinho. O mineirim então percebeu a situação, ficou todo envergonhado e gritou:

– Qui qui foi, uai? Vão dizê qui quando oceis pula nágua fria, o pintim doceis num incóie?

Depoimento do mineiro atropelado

DEPOIMENTO DO MINEIRO ATROPELADO

Seu Zé, mineirinho, pensou melhor e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito há semanas atrás eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro ao tribunal.

No tribunal, o advogado do réu começou a inquirir seu Zé:

– O Senhor não disse na hora do acidente ‘Estou muito bem’?

E seu Zé responde:

– Bem, vou lhe contá o que aconteceu. Eu tinha acabado di colocá minha mula favorita na caminhonete…

– Eu não pedi detalhes! – interrompeu o advogado. Só responda à pergunta:

– O Senhor não disse na cena do acidente: ‘Estou muito bem’?

– Bem, eu coloquei a mula na caminhonete e tava deceno a rodovia…

O advogado interrompe novamente e diz:

– Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, e isso é uma fraude. Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda à pergunta?

Mas, a essa altura, o Juiz estava muito interessado na resposta de seu Zé e disse ao advogado:

– Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.

Seu Zé agradeceu ao Juiz e prosseguiu:

– Como eu tava dizeno, coloquei a mula na caminhonete e tava desceno a rodovia quando uma picapi atravesso o sinar vermeio e bateu na minha caminhonete bem na laterar. Eu fui jogado fora do carro prum lado da rodovia e a mula foi jogada protro lado. Eu tava muito firido e num podia mi move. De quarqué forma, eu pudia orvi a mula zurrano e grunhino e, pelo baruio, eu pude percebe que o estado dela era muito ruim. Logo dipois do acidente, o patruiero rodoviário chego no locar. Ele orviu a mula gritano e zurrano e foi até onde ela tava. Depois de da uma oiada nela, ele pego a arma e atiro bem nos óio do animar. Então, o policiar atravesso a estrada com sua arma na mão, oio pra mim e disse:

– ‘Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela. Como o senhor está se sentindo?’

– O que o Sr. falaria, meritísso?

Causo mineiro

Mineirim, miudinho, todo tímido embarca no ônibus de Divinopólis para BH. Seu colega de poltrona, um negão de 1,80 m de altura, com cara de poucos amigos. Negão no maior ronco e mineirim todo enjoado com as curvas da estrada. A certa altura Mineirim não aguenta e vomita todo o jantar no peito do Negão.

Mineirim no maior desespero e Negão ainda roncando. Chegando em Betim, Negão acorda e passa a mão no peito todo melecado e gosmento. Olha indignado e confuso pro mineirim, que imediatamente bate a mão no seu ombro e pergunta:

– Cê miorô?

:o)

 

Pequeno Dicionarim do Minerin

PEQUENO DICIONARIM DO MINERIN

ARREDA v.i. 1. Verbo na forma imperativa, semelhante a sair, deslocar-se: Arreda pra lá, sô!
BELZONT s.p. 1. Capital de Minas Gerais.
BERABA e BERLANDIA s.p. 1. Cidades famosas do Triângulo Mineiro.
COFÓFÔ EU VÔ p.q.p. 1. Conforme for, eu vou.
DEUSDE prep. 1. Desde: Eu sou magrilim deusde que eu era muleque!
ÉMEZZZ? adj. 1. Minerin querendo confirmação.
ESPIA s.p. 1. Nome da popular revista VEJA quando chega na distante e pequena cidade do minerin.
ESTAÇÃ s.m. 1. Onde desembarcam os minerin com suas malas cheias de queijo.
I conj. 1. E: Minino, ispecial, eu i ela, vistido.
IMMM v.t.i. 1. Forma diminutiva: Piquininimm, lugarzimm, bolimm, vistidimm, sapatimm etc….
INTORNÁ g.g. 1. Quando não cabe na vasilha. 2. Derramar.
JIGIFORA p.d.s. 1. Cidade mineira próxima ao Estado do Rio de Janeiro, o que confunde a cabeça do minerin que não sabe se é minerin ou carioca.
KINEM k.b.lo 1. Advérbio de comparação – igual: Ela saiu bunita kinem a mãe.
MA QUI BELEEEZZZ p.d.t. 1. Expressão que exprime aprovação; quando gostou de alguma coisa.
MAGRILIM p.d.v. 1. Indivíduo muito magro.
MINERIN p.lé 1. Típico habitante das Minas Gerais.
NIGUCIM p.ludo 1. Qualquer coisa que o minerin acha pequeno.
NNN p.o.p. 1. Gerúndio do minerês: Brincannno, corrennno, innno, vinnno.
NUÉMERMO? z.bra. 1. Minerim procurando concordância com suas idéias.
NUM… NÃO ã.h. 1. Advérbios de negação usados na mesma frase: Num vô não. Num quero não. Num gosto não.
OIÓ TÓ x.x. 1. Olha aí, ó, toma…
ÓIQUI a.b.c. 1. Minerin tentando chamar a atenção para alguma coisa.
PÃO DJI QUEJ k.h. 1. Alimento fundamental na mesa mineira, disputa com o TUTU a preferência dos minerin.
PÓPÔPÓ? h.xá 1. A mineira perguntando ao marido se pode por o pó (ao fazer café).
PÓPÔPOQUIN o.d.d. 1. Resposta afirmativa do marido.
TREM s.b.p. 1. Palavra que nada tem a ver com transporte e que quer dizer qualquer coisa que o minerin quiser: Já lavô us trem? Eu comi uns trem. Vamo lá tomar uns trem?
TRIANGO MINER-RO m.p.b. 1. Triângulo Mineiro.
TUTU t.u.m. 1. Mistura de farinha de mandioca com feijão triturado e uns temperim lá da horta.
TXII v.i.g.i. 1. O irmão do pai ou da mãe: Mulher do txii é a txxiiiiaa.
UAI u.a.i. 1. O correspondente ao UÉ dos paulista: Uai é uai, uai!
VARGE e.l.a. 1. Aquele legume verde rico em fibras.

Mineiro esperto

O mineirinho entra num boteco e vê anunciado acima do balcão:

Pão de queijo:
R$ 2,00

Sanduíche de Galinha:
R$ 3,00

Punheta:
R$10,00

Checando na carteira para não passar vergonha, ele vai até o balcão e chama uma das três garotas, que estão servindo bebidas nas mesas:

– Por favor.

– Sim? – pergunta ela com um sorriso lindo – Em que posso ajudar?

E ele pergunta:

– É ocê que toca as “punheta”?

– Sou – responde ela com uma voz bem sensual.

O mineirinho então retruca:

– Então, ocê lava bem as mão, que eu quero um pão de queijo!

Tempo de eleição

Em tempos de eleição, dois candidatos mineiros adversários, um da cidade – o “Coroné” -, e outro caipira – o “Mineirim”, se encontram na mesma barbearia.
Lá sentados, lado a lado, não se falou palavra alguma. Os barbeiros temiam iniciar qualquer conversa, pois poderia descambar para discussão, e o Coroné só andava armado.
Terminaram a barba de seus clientes, mais ou menos ao mesmo tempo. O primeiro barbeiro estendeu o braço para pegar a loção pós-barba e oferecer ao Coroné, no que foi interrompido rapidamente por seu cliente:
– Não, obrigado. A minha esposa vai sentir o cheiro e pensar que eu estive num puteiro.
O segundo barbeiro virou-se para o Mineirim:
– E o senhor? – indagou.
– Uai, popassá, sô! A minha muié num sabe memo como é cheiro de puteiro… Nunca trabaiô pur lá…
Dizem que a barbearia está fechada até hoje, para reforma.

Mineirim com dor no pênis

Minerim, chamado Moisés, vai ao médico com dores no pênis. Chegando ao consultório, ele narrou seu dia a dia para o médico mais ou menos assim:

“Acordo 4 hora da manhã, dô umazinha na muié, tomo banho, dô otrazinha namuié, tomo café, dô mais umazinha na muié e vô trabaiá no miarau… Às 10 hora vorto pra lanchá, dô umazinha na muié, tomo o lanche, dô mais umazinha na muié e vorto pro miarau… Meidia vorto pra armuçá, dô umazinha na muié, armoço, dô uma drumidinha (pruque dispois do armoço dá congestã), acordo, dô umazinha na muié e vorto pro miarau … Quatro hora da tarde paro de trabaiá, vô pra casa, dô mais umazinha na muié, tomo um banho, dô otrazinha na muié, janto, drumo e no otro dia começo tudo otra veiz…”

O médico ficou horrorizado e disse ao Matuto que sabia o que estava causando as tais dores no pênis:

– O seu problema amigo, é que você está fazendo sexo demais!’

O Matuto levantou as mãos para o céu e disse:

– GRAÇADEUS, DOTÔ! EU TAVACHANDO QUE ERA AS PUNHETINHA QUE EU TOCAVA LÁ NO MIARAU CASMÃO XUJA DE TERRA…

Depoimento do mineiro atropelado

Depoimento do mineiro atropelado

Seu Zé, mineirinho, pensou melhor e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito a semanas atrás eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro ao tribunal.

No tribunal, o advogado do réu começou a inquirir seu Zé:

– O Senhor não disse na hora do acidente ‘Estou muito bem’?

E seu Zé responde:

– Bem, vou lhe contá o que aconteceu. Eu tinha acabado di colocá minha mula favorita na caminhonete…

– Eu não pedi detalhes! – interrompeu o advogado. Só responda à pergunta! O Senhor não disse na cena do acidente: ‘Estou muito bem’?

– Bem, eu coloquei a mula na caminhonete e tava deceno a rodovia…

O advogado interrompe novamente e diz:

– Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, e isso é uma fraude. Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda à pergunta?

Mas, a essa altura, o Juiz estava muito interessado na resposta de seu Zé e disse ao advogado:

– Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.

Seu Zé agradeceu ao Juiz e prosseguiu:

– Como eu tava dizeno, coloquei a mula na caminhonete e tava desceno a rodovia quando uma picapi atravesso o sinar vermeio e bateu na minha caminhonete bem na laterar. Eu fui jogado fora do carro prum lado da rodovia e a mula foi jogada proto lado. Eu tava muito firido e num podia mi move. De quarqué forma, eu pudia orvi a mula zurrano e grunhino e, pelo baruio, eu pude percebe que o estado dela era muito ruim. Logo dipois do acidente, o patruiero rodoviário chego no locar. Ele orviu a mula gritano e zurrano e foi até onde ela tava. Depois de da uma oiada nela, ele pego a arma e atiro bem nos óio do animar. Então, o policiar atravesso a estrada com sua arma na mão, oio pra mim e disse: ‘Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela. Como o senhor está se sentindo?’ O que o Sr. falaria, meritíssimo?