É o fim

O mineiro está cansado de ouvir rumores que sua esposa o trai.

Um dia sai de casa para o trabalho no horário de sempre. Após a esposa dar adeus e fechar a porta, ele rapidamente sobe até o alto de uma mangueira frondosa em frente à sua casa e resolve passar o dia ali observando o entra e sai.

Pouco depois aparece um cidadão, mulato forte, fica em pé justamente embaixo da mangueira como se esperasse alguém. Pega uma manga no chão, chupa-a. Outra, outra e assim vai…

E o mineiro lá no alto só observando…

Nisso abre a porta de sua casa e sua esposa grita:

– Vem, meu amor, ele já foi embora!

Nisso o moreno joga a ultima manga no chão e corre pra dentro da casa do mineiro. O mineiro desce da mangueira, furioso:

– Hoje pego os dois no flagra! Vou matá-los!

Vai no armário de ferramentas, pega um facão, entra na casa e se depara com o mulato com a boca nos seios de sua esposa a se deliciar.

Grita o mineiro com a faca na mão:

– NEGÃO, OCÊ VAI MORRÊ!

Nisso o Ricardão tira da sua capanga , um trezoitão e aponta para o mineiro:

– Morrer por quê?

E o mineiro:

– Você estava chupando manga e agora tá tomando leite, uai.

Cinto de Castidade

O Rei Artur estava pronto para ir às Cruzadas, mas antes de partir foi ver Merlin e pediu-lhe para que fabricasse o melhor cinto de castidade que pudesse existir, para que nenhum cavaleiro pudesse tentar contra a virtude da sua linda esposa.

No dia seguinte, Merlin volta com um cinto de castidade moderníssimo, que apenas preocupou o Rei por um detalhe:

– Merlin! – berrou ele – Você pensa que sou burro? Esse cinto de castidade tem um buraco justamente onde não poderia ter! Por acaso você quer se aproveitar de sua invenção para se envolver com a minha esposa?

Antes que o rei mandasse executá-lo, ele se justificou:

– De forma alguma, majestade! Observe que no buraco há uma pequena guilhotina com uma lâmina afiada, que funciona sempre que se introduz algo no buraco.

– Oh, excelente! – responde o rei, entusiasmado – Agora poderei viajar mais tranquilo.

Três anos depois, ele volta das Cruzadas e convoca todos os cavaleiros:

– Vamos lá! Abaixem as calças, é hora do exame médico!

Todos os cavaleiros alinham-se em frente ao Rei, baixam as calças e para espanto e estupefação dele, todos estão capados, com exceção do seu fiel amigo Lancelot.

Vendo que todos os cavaleiros tinham o traído, mas o seu grande amigo Lancelot manteve fidelidade, o Rei agarrou-o pelos ombros e disse:

– Lancelot, estou orgulhoso de ti. Enquanto nenhum dos outros resistiu à tentação de dormir com a Rainha, tu conseguiste domar os teus impulsos em nome de nossa amizade! Por isso, é com muita honra que te concedo o que quiseres. Faça a tua escolha…

Mas Lancelot não disse nada… Estava mudo!

Em família

Transbordante de felicidade, o garotão entra em casa e anuncia ao pais que vai se casar.

– Parabéns – diz o pai. – Quem é a felizarda?

– A Beth, filha do seu amigo Osvaldo.

O pai sente um calafrio, finge alegria, e quando o filho se retira para o quarto, vai atrás dele, sem que a mãe perceba.

– Sinto muito, meu filho, mas você não pode se casar com a Beth. – diz o homem – Na verdade, ela é a sua irmã!

– Como, papai??? – assusta-se o jovem.

– É que certa vez o Osvaldo viajou, eu cheguei lá. Sabe como são essas coisas…

O rapaz fica inconsolável, se atira na cama e fica chorando. Eis que surge a mãe, atraída pelo choro. O rapaz não aguenta e conta toda a história a ela. A mãe, então, o consola:

– Pode se casar tranquilo, meu filho. Na verdade ela não é sua irmã…

Chegando no Céu

O Céu estava ficando muito congestionado. Deus, então,decidiu modificar as normas para o ingresso nos portões celestiais.

A nova lei consistia no seguinte: para ser admitido no Céu, o dia da morte da pessoa deveria ser um dia realmente terrível. A lei entrou em
vigor a meia-noite do dia seguinte.

E, assim sendo, às 00h01, do dia em que entrara em vigor a nova lei, chega a primeira pessoa nos portões do Céu. O anjo encarregado do portão, lembrando-se da lei, prontamente perguntou ao homem:

– Antes de você entrar, é preciso que você me conte como foi que você passou o dia da sua morte.

– Sem problemas – disse o homem – Há algum tempo eu vinha desconfiando que minha mulher estava me traindo. Eu acreditava que todos os dias, na hora do almoço, ela trazia o amante para nosso apartamento, que ficava no 25º andar, e fazia sexo com ele. Então ontem, eu estava indo para casa a fim de pegá-los. Bem, cheguei la e entrei rapidamente, começando a procurar o tal rapaz. Minha esposa estava semi-nua e gritando comigo, enquanto eu dava uma busca no apartamento, mas não conseguia encontra-lo de jeito nenhum! Quando eu ja estava desistindo de procurar, olhei para a sacada do apartamento e percebi que havia uns dedos dependurados lá. O diabo do rapaz achava que poderia se esconder de mim! Foi aí que eu corri pra sacada e bati nos dedos dele, até que o safado largou e caiu lá de cima. Mas você não pode imaginar a sorte do rapaz, pois ele caiu em cima dos galhos de uma imensa árvore que existe em frente ao prédio, que amorteceram a sua queda, e ele não morreu. Eu, ainda no meu excesso de raiva entrei no apartamento e peguei a coisa mais pesada que tivesse pra jogar em cima dele. Desliguei a geladeira da tomada e, furioso, a atirei do 25º andar bem em cima dele. O problema é que, no estado de emoção em que eu me encontrava, somado ao imenso esforço que eu fiz para atirar a geladeira sobre o amante da minha mulher, eu tive um ataque cardíaco e morri, quase que instantaneamente.

O anjo sentou-se e pensou por alguns instantes. Afinal de contas o rapaz, tecnicamente, teve um péssimo dia e o crime dele foi passional, pelo que o anjo lhe disse:

– Ok, meu senhor, seja bem-vindo ao Reino dos Céus, e deixou o rapaz entrar.

Poucos segundos depois chegou o próximo da fila, sendo logo advertido pelo anjo:

– Eis as regras, antes de deixa-lo entrar, preciso ouvir a respeito do dia da sua morte.

– Claro, respondeu o homem. Eu estava na sacado do meu apartamento, que fica no 26º andar fazendo meus exercícios diários quando, de repente, escorreguei e caí pela sacada! Por sorte, eu fui capaz de me segurar na sacada logo abaixo da minha. Porém, qual não foi a minha surpresa quando apareceu um homem maluco e, ao invés de me ajudar, ficou batendo nos meus dedos até que eu soltasse e, obviamente, caísse lá de cima, o que ocorreu. Entretanto, eu não morri com a queda pois caí sobre os galhos de uma grande árvore que fica em frente ao prédio e que amorteceram a minha queda. Enquanto eu estava lá, na árvore, todo arrebentado, de rosto para cima, incapaz de me mover e gemendo de dor, eu vi o mesmo homem empurrar uma geladeira pela sacada e ela caiu exatamente em cima de mim e me matou.

O anjo quieto e rindo para si mesmo, enquanto o homem terminava sua história, pensou e disse:

– Muito bem! Bem-vindo ao Reino dos Céus, e deixou o homem entrar.

Poucos segundos depois, o terceiro homem da fila chega ao portão, ao que o anjo logo lhe indagou:

– Conte-me, rapaz, como foi o dia em que você morreu.

– Tá legal, eu conto, mas você não vai acreditar. Eu estava pelado, dentro de uma geladeira…

Tiro certeiro

O rapaz chegou à loja de materiais esportivos para comprar uma mira para seu rifle. Pede ao vendedor que lhe mostre a melhor mira que ele tem a venda.

– Essa aqui é boa – diz o vendedor – é tão boa que se você mirar agora em cima daquele morro você poderá ver a minha casa!

O rapaz então olha pela mira na direção apontada pelo vendedor, e nisso começa a rir.

– Do que você está rindo? – pergunta o vendedor

– É que eu estou vendo um homem pelado correndo atrás de uma mulher que está pelada também.

O vendedor pega a mira da mão do rapaz, olha para sua casa, e em seguida entrega duas balas de rifle para o rapaz, dizendo:

– Então vamos fazer um trato: lhe dou essas duas balas, se você acertar um tiro na cabeça da minha mulher e outro no pênis desse sujeito desgraçado você leva essa mira de graça.

O rapaz olhou, mirou, e antes de atirar, se voltou para o vendedor:

– Quer saber? Acho que posso fazer isso com um tiro só!

Oposição

Uma mulher encontra a amiga chorando:
– O que foi, Beatriz? Por que você está chorando?
– Ah! Como eu sou infeliz! Buáá!
– O que houve? – pergunta.
– É o meu namorado!
– O que aconteceu com ele?
– A família dele não aceita o nosso amor. São todos contra: o pai, a mãe, os irmãos, os sobrinhos… Todo mundo quer que a gente se separe!
– Nossa que maldade! Que gente ruim!
– Isso mesmo! E a pior de todas é a esposa dele! Buáá!

A estátua

A mulher está na cama com o amante quando ouve o marido chegar:

– Depressa, fique de pé ali no canto!

Cobre o corpo do amante com óleo e talco.

– Não se mexa até eu falar. Finja que é uma estátua!

O amante obedece imediatamente. O marido entra no quarto.

– Que é isso? – estranha ele.

– Ah, é só uma estátua, os Almeidas botaram uma no quarto deles, gostei tanto que comprei uma também.

Às duas da madrugada, o casal ainda está vendo televisão. O marido vai até a cozinha, prepara um sanduíche, enche um copo de cerveja, volta para o quarto e dirige-se para a estátua.

– Toma, come e bebe alguma coisa. Eu fiquei dois dias que nem um idiota no quarto dos Almeidas e nem um copo de água eles me ofereceram.